sábado, 4 de maio de 2013

Presidiários "Agentes de Reflorestamento" No Rio de Janeiro.

A Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), em conjunto com a Secretaria de Agricultura e Pecuária, tem desenvolvido programas com o objetivo de preservar a água potável. As ações se dividem em duas frentes: a proteção de nascentes e o reflorestamento de margens de rios. Para isso, a Cedae realiza a ressocialização de presos, que trabalham no plantio de mudas nas áreas de atuação.
O Programa “Rio Rural”, da Secretaria de Agricultura e Pecuária, lançou em 2007 a campanha “Rio Rural 2016 – Água Limpa para o Rio Olímpico”, em busca de melhorias nas condições de nascentes de cursos d’água. O Programa também oferece incentivos financeiros de até R$ 7 mil diretos ao produtor que deseja preservar as fontes de água,  de acordo com o perfil de sua propriedade.
Outra ação para melhorar a produção de água potável é o reflorestamento das margens de rios Guandu e Macacu, por meio do Programa “Replantando Vida”. A Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), de Seropédica, oferece assistência técnica e fornece as sementes. O rio Guandu é o principal manancial do Estado, responsável por 80% do abastecimento do Rio de Janeiro e da Baixada Fluminense. Com o programa, a Cedae economiza no tratamento da água bruta, porque o reflorestamento das margens torna os rios mais limpos.
Para a Bacia do rio Macacu, pretende-se plantar árvores nativas deste trecho do Bioma Mata Atlântica, enquanto que, para a mata ciliar do rio Guandu, a Cedae se responsabiliza pela qualificação de mão-de-obra e seu gerenciamento, enquanto que outros aspectos relacionados à conservação deste corpo hídrico estão sob a supervisão direta da Secretaria de Estado do Ambiente.
Cerca de 150 detentos em regime aberto e semiaberto, de ao menos dez unidades e instituições penais, participam do Programa e passam por uma formação, como agente de reflorestamento, com duração de 1080 horas-aula. Além das atividades de replantio, os internos são selecionados para trabalhar na construção e manutenção de incubadoras de mudas. Há pagamento de salários e redução de um dia de pena para cada três trabalhados.
O replantio da mata ciliar das margens do Rio Guandu também é feito por detentos em regime aberto e semiaberto, resultado do convênio firmado entre a Cedae e a Fundação Santa Cabrini.
Também estão sendo realizados projetos para a despoluição da Lagoa Rodrigo de Freitas e da Baía da Guanabara.
Numa atitude em prol do desenvolvimento sustentável do estado, estes programas contribuem com a preservação do meio ambiente, a inserção social e melhoria da qualidade de vida do Rio de Janeiro.

Metodologia

O projeto Replantando Vida de reflorestamento se abastece de mudas de mais de 100 espécies de árvores nativas de Mata Atlântica em viveiros cultivados pela empresa: na Estação de Tratamento de Água (ETA) Guandu, em Nova Iguaçu; na incubadora de mudas Arthur Sendas, no Centro de Visitação Ambiental da ETE Alegria, no Caju, Zona Norte do Rio; Viveiro Manuel Gomes Archer, na área do reservatório Victor Konder, em Campo Grande, Zona Oeste e o viveiro de produção de mudas florestais na ETE São Gonçalo, no Bairro Boa Vista, nas instalações da própria ETE.
O viveiro do Guandu, o primeiro criado pela Cedae, foi ampliado e hoje produz cerca de 300 mil mudas por ano; o da ETE Alegria, 31 mil/ano; o de Campo Grande, cerca de 30 mil/ano; e o de São Gonçalo, inaugurado em 2012, com capacidade de 180 mil mudas/ano. Também está previsto o lançamento do viveiro da Colônia Penal de Magé, com capacidade para produzir um milhão de plantas.

Do senhor é a terra e a sua plenitude , o mundo e aqueles que nele habitam. SALMOS 24/1

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