quinta-feira, 12 de setembro de 2013

"FENIX" PROGRAMA DE RESSOCIALIZAÇÃO DE DETENTAS NO DISTRITO FEDERAL.

As detentas do Presídio Feminino do Distrito Federal (PFDF) poderão fazer capacitação profissional enquanto cumprem pena. O objetivo é que quando estiverem em liberdade, as mulheres possam voltar ao mercado de trabalho. Entre os cursos que serão oferecidos estão os de manicure, maquiadora, cabeleireira, auxiliar de cozinha, esteticista e secretariado. A cada três dias de curso, elas reduzem um dia da pena.



As atividades do Programa Fênix são realizadas em parceria com a Defensoria Pública do DF, as secretarias de Segurança e da Mulher do DF e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).  Foi realizado um mutirão, com assistência jurídica às internas, palestras e prestação de serviços, como corte de cabelo, depilação e massagem, marcou a inauguração do programa, que ainda será implementado em outras instituições.
“Temos de dar atenção não só às mulheres em liberdade, mas às do sistema prisional também, para quando recuperarem a liberdade terem uma perspectiva de cidadania. Precisamos prepará-las para o retorno à vida, para tomarem outros rumos. Isso eleva a autoestima delas”, disse a secretária da Mulher do DF, Olgamir Amância Ferreira.
De acordo com a secretária, grande parte das mulheres detidas não recebe apoio da família ou visita de cônjuges e ficam isoladas do convívio social externo ao presídio.
“(As detentas) quase nunca recebem visitas íntimas e são abandonadas pela família devido ao preconceito. Elas precisam desse contato com o exterior para as estimular”, explicou Olgamir.
Os cursos profissionalizantes serão realizados pelo Senac, ministrados por voluntários e fazem parte do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), convênio entre União e instituições de capacitação.
“Cada curso oferece seu pré-requisito específico. Devido à alta incidência de pessoas com baixa escolaridade, vamos focar nos cursos de formação inicial e continuada (FIC), como os de atendimento à imagem pessoal [manicure, maquiadora, cabeleireira, massagista] e gastronomia [auxiliar de cozinha]”, informou o gerente do núcleo de Cidadania e Inclusão do Senac, Elias Viana.
Outros cursos, como de esteticista, secretariado, técnico em enfermagem e técnico em farmácia, que exigem ensino médio, também serão oferecidos.
Segundo Viana, o Senac depende da demanda e da infraestrutura do presídio para administrar os cursos. 
Para ter acesso aos cursos, as detentas devem ter “termo de empregabilidade”, segundo informou o coordenador do Núcleo de Execução Penal da Defensoria do DF, Leonardo Moreira, o que significa que a pessoa deve estar prestes a recuperar a liberdade, mas ainda cumprindo pena por tempo suficiente para participar das aulas.
Moreira diz que para participar do programa de capacitação, a detenta deve cumprir requisitos como por exemplo, bom comportamento e baixa periculosidade e objetivos, como duração da pena e tempo já cumprido.
Atualmente, há cerca de 740 presas no presídio feminino, das quais 267 estão em regime provisório (em que a sentença ainda não foi transitada em julgado), 165 em semiaberto, 286 em fechado e quatro em medida de segurança.


Para dizeres aos presos sai ; e aos que estão em trevas aparecei... ISAIAS 49/9a

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