segunda-feira, 23 de setembro de 2013

RECUPERAÇÃO DE PRESIDIÁRIOS : PROJETO , "PINTANDO A LIBERDADE"

“Algumas pessoas não acreditam na recuperação de presos, acham que quem pratica um crime vai fazer isso sempre. Mas eu posso dizer que tem como uma pessoa se recuperar”, com estas palavras, Jair Souto de Sousa define sua história de vencedor. Preso durante anos na CPP - Casa de Prisão Provisória de Palmas, ele encontrou uma forma de mudar sua vida e hoje, trabalhando na área, ajuda internos de todo Estado a recomeçarem suas vidas.
Segundo Sousa, a situação de confinamento não é nada fácil e, muitas vezes, acaba levando o preso a uma situação pior do que quando entra. O agravamento se dá pelas condições de prisão, pelo abandono por parte dos familiares e pela forma como a sociedade enxerga os presos. “Tudo contribui para que não haja recomeço, mas a gente tem que acreditar que podemos mudar”, afirma o ex-dentento.
Durante o cumprimento da pena, Jair conheceu o projeto Pintando a Liberdade, desenvolvido pelos governos Federal e Estadual, que promove a ressocialização de internos por meio da fabricação de materiais esportivos. “Participei da segunda turma que foi formada em Palmas e aprendi com um profissional que veio de Curitiba, dai recebi um diploma e participei de um processo de seleção feito pelo Governo do Estado e passei para começar a dar aulas aqui. Depois disso, passei por uma seleção do Ministério dos Esportes e hoje sou funcionário federal, prestando serviços no Tocantins”, conta.
O trabalho com os detentos, segundo o instrutor, tem grandes desafios. “Há colegas que vão para as unidades do interior para tentar inserir os presos nos cursos e não dão conta. Daí vou e faço de tudo para convencê-los a participarem. Teve um em Paraíso do Tocantins que dizia que não dava conta, passei três meses insistindo, até desfazer e refazer bola na frente da sela dele eu fazia, até ele pegar jeito com a coisa e hoje não damos conta é de material para ele montar as bolas”, relata.
Segundo o instrutor, a sua grande realização nem foi mudar de vida, mas sim saber que ajuda outras pessoas a mudarem. “Quando a gente encontra alguém que faz o bem pela gente, temos que procurar fazer o bem aos outros também”, enfatizou.
Produção
Reiniciado em abril do ano passado, como parte do compromisso assumido pelo Governo Siqueira Campos, no sentido de cuidar e dar oportunidades às pessoas, o programa Pintando a Liberdade produz 5 mil bolas por mês e envolve detentos das unidades de Palmas, Paraíso, Colinas, Araguaína, Dianópolis e Lajeado.

....A PROCLAMAR LIBERDADE AOS CATIVOS , E A ABERTURA DE PRISÃO AOS PRESOS.
                                                       Isaias 61/1 b  

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